quarta-feira, 16 de junho de 2010

Copa do Mundo

(...) mas sempre me comovo com esse sentido de união nacional meio fajuto que se vê a cada quatro anos. Me comovo com as mocinhas nos pontos de ônibus com faixas na cabeça, com os velhinhos e velhinhas de bonés verde-amarelos que alguma loja de material de construção ou posto de gasolina deu de brinde, com motoristas de ônibus e táxi que colocam bandeirinhas na janela.
E com as crianças, que em Copas do Mundo têm seu primeiro, e a partir daí quadrienal, contato com essa coisa meio parecida com patriotismo. As crianças se divertem e se espantam ao ver um monte de gente torcendo para o mesmo time, elas que vivem num ambiente — real, virtual e televisivo — em que um quer comer o outro o tempo todo, e um jogo de futebol interrompe, por algumas horas, essa realidade competitiva que se aprende na escola e se apreende na vida. É isso o que faz o futebol numa Copa do Mundo: coloca todos do mesmo lado, mesmo que por alguns instantes, apenas.
Flávio Gomes
Penso como ele...